Criar um Site Grátis Fantástico

Folia de Reis
Você já ouviu a Folia de Reis Boiadeira ?
Sim
Não
Não, mas não vejo a hora
Várias vezes
Ver Resultados

Rating: 2.9/5 (140 votos)







Total de visitas: 39294


  João Moraes & Cia de Reis Boiadeira de Viradouro 
Meu trabalho no DEIC (Div.Crimes Contra Pessoa)

Euipe de Homicídios do DEICVou narrar a vocês alguns crimes misteriosos ocorridos quando eu trabalhava no DEIC.

 

No anos de 1979, eu trabalhava na equipe B de homicídios da Divisão de Crimes Contra a Pessoa, órgão do Departamento Estadual de Investigações Criminais{DEIC} e minha função era investigar crimes misteriosos.De acordo com a lei orgânica da polícia civil, todos os casos envolvidos com a pessoa humana como por exemplo {Encontro de cadáveres, homicídios, infanticídios, lesões corporais, atropelamentos etc., quem primeiro comparecia aos locais de crimes eram os distritos policiais que faziam investigações preliminares.

Quando os distritos não conseguiam determinar a autoria, a lei deteminava que chamassem as equipes especializadas de homicídios. No dia 10 de maio daquele ano fomos solicitados pelo 27 distrito policial deo bairro de Campo Belo na capital para assessorar um caso de latrocínio ocorrido em frente os portões da empresa Adolfo Lindemberg, nas imediações do estádio de futebol do São Paulo FC.. Lá chegando para fazer o levantamento do local, a vítima havia falecido a caminho do Pronto Socorro de Santo Amaro.Efetuando as primeiras investigações, descobrimos uma testemunha que dissera que um dos assasinos havia trabalhado naquela empresa.Contou-nos também´, que o crime se dera em frente aos portões da empresa quando a vítima que fazia a segurança da fábrica foi abordar 4 elementos suspeitos nas imediações, tendo sido baleado por um deles e se evedindo levando ainda seu cinturão de balas.Com aquela testemunha fomos averiguar os arquivos de ex-empregados da firma e a testemunha reconheceu um deles, onde anotamos seu nome e endereço, culminando com sua prisão na favela São Jose´em Santo Amaro onde morava, isto pelas 9 horas da noite e regrassando com ele para nossa delegacia quando nos contou todos os pormenores do crime. Os outros tres elementos contou-nos que estavam homiziados no Jardim Salvador Corrêa em Santo Amaro na casa de uns parentes.Por volta de 4 horas da madrugada, diligenciamos juntamente com o preso para que nos indicasse o local onde eles estariam.Chegando na residência indicada os bandidos percebendo nossa presença, se enfiaram embaixo das camas quando travou-se um violento tirotêio acabando por morrer nosso colega Kiobumi Fukushima, um dos bandidos e dois irmãos que tinham vindo da Bahia visitar o dono da casa.Um dos irmãos era uma moça que se escondeu dentro de um guarda roupas que também foi atingida por uma bala.Dois bandidos conseguiram fugir, mas foram capturados por uma equipe de nossa delegacia enquanto cuidávamos do sepultamento do colega que havia falecido.Foram entregues à justiça depois de confessarem a autoria.Não fiquei sabendo do resultado da justiça por não ter o costume de acompanhar os casos na esfera daquele órgão...

                Narrado por João Moraes

 

Divisão de Crimes contra pessoa do departamento Estadual de Investigações Criminais.

 

Plantão da equipe B da Delegacia de Homicídios

Natureza de Ocorrência: encontro de cadáver

 

No dia 16 de agosto de 1972 nossa equipe deslocou-se para local de homicídio ocorrido no km 14 da rodovia Anhanguera, área do 33º Distrito Policial do Bairro de Vila Mangalô.

Lá chegando nos deparamos com o corpo de uma mulher margeando o barranco que dava para a rodovia que estava caída em decúbito dorsal com sinal de ferimento no pescoço produzido por projeto de arma de fogo. examinando o cadáver, constatamos que a vítima estava semi-nua vestindo apenas uma anágua e portando somente um sapato em um dos pés. Como a vítima não portava documentos, estivemos procurando pelo matagal os seus pertences encontramos sua calcinha pendurada num galho seco de um arbusto e seu vestido ao lado no chão. Mas adiante, achamos seus documentos pessoais onde uma cena estarrecedora apareceu ao lado de uma moita de capim, um corpo também de uma mulher já em estado adiantado de decomposição. Ficamos assim com os dois casos misteriosos para desvendar.

A primeira vítima tratava-se de uma professora de Português chamada Alzira Montenegro e a segunda mulher chamava-se Cenira Castro Camorim também professora de inglês. Alzira residia no bairro do Ipiranga e Cenira no Bairro de Casa Verde. Esses 2 casos tornou-se um quebra-cabeça para os policiais pois imaginávamos: -Como duas mulheres de classe média e lindas puderam morrer tão longe de casa e ainda num matagal? Era obvio que se tratava de crime sexual. Começamos então a procurar por alguma maniáco sexual investigando a família e as amizades dessas professoras; procurando saber os últimos passos delas ainda com vida. Conseguimos elaborar um retrato falado de um suspeito com uma de suas amizades. Aconteceu então, que por notícias vinculadas pelo jornal Notícias Populares, ficamos sabendo de um furto ocorrido num restaurante pelos lados do bairro da Moca que fora praticado por seu próprio empregado, ou seja, o copeiro que ali trabalhava com sua própria esposa.

Examinando a foto do suspeito, constatamos semelhanças com retrato falado que tinhamos elaborado. Porém, ele tinha se evadido para fora de São Paulo segundo sua mulher com quem era amasiado. Encetamos então uma diligência na casa do suspeito juntamente com sua amásia e achamos embaixo da cama uma mala cheia de roupas dela, que ele a presenteava com aquelas peças.

Um detalhe que nos levou a ligar o suspeito com as mortes do nosso caso, foi termos encontrado com Cenira um casaco xadrez igual a saia da vítima que encontramos em adiantado estado de putrefação.

Com a amásia ficamos sabendo mais detalhes do comportamento do amásio, inclusive seu nome que era José Paz Bezerra que também tinha tentado estuprar sua enteada de 15 anos. Nessa época a população de São Paulo andava apavorada com o desaparecimento de várias mulheres mortas, sempre com a mesma modalidade de morte, ou seja, asfixiadas e com as peças íntimas de suas roupas na boca.

Sua amásia foi detida por nós e interrogada por vários dias, para ser o seu paradeiro, porém ficamos sabendo que o assassino foi preso em Belém do Pará por prasticar duas mortes de mulher, mas antes, teria matado mais 6 no estado de Minas Gerais.

Para termos a certeza da participação desse elemento nos casos das duas professoras levamos um casaco que apreendemos na casa da amásia e a saia encontrada com o cadáver de Cenira Camorim e levamos as duas peças para uma fábrica de tecidos no bairro do Ipiranga para serem comparadas entre si e os peritos que as examinaram, atestaram serem essas duas peças de roupas do mesmo padrão e tecido.

Então tivemos a certeza da participação do suspeito como autor dos dois homicídios que investigávamos. Ele cumpriu suas penas aplicadas no estado do Pára e ficou por lá, até morrer, pois apesar de nossos esforços em trazê-lo para são Paulo, a justiça do Pará nunca permitiu.

Fim